Moeda virtual seguiria o mesmo valor das moedas tradicionais de diferentes países, em vez de apenas o dólar
As fontes do jornal revelaram que a criptomoeda do WhatsApp teria seu valor indexado a múltiplas moedas do mundo, e não apenas o dólar. No entanto, se o Facebook usar uma moeda que não controla totalmente, a oscilação da cotação dificultaria o uso do token para transferências monetárias (imagine transferir R$ 10 para um amigo e ele receber apenas R$ 5 porque o token desvalorizou 50% em algumas horas); além disso, seria mais fácil usar a moeda para fins criminosos e difícil lucrar com as transações. Um token digital com um valor estável também não seria atraente para investidores, mas permitiria aos consumidores fazer compras ou transferências sem se preocupar com a oscilação do valor da moeda.
Além disso, a reportagem do The New York Times informou que a empresa procura implementar o sistema blockchain para as transações. O blockchain surgiu com o Bitcoin e é uma espécie de livro de registros descentralizado que contabiliza as transações mundiais feitas com moedas virtuais e que não depende de um grande player central de registros, como o PayPal ou o Visa. Por ter vários computadores autenticando e validando cada transação, é praticamente impossível adulterar o destino de uma Bitcoin, por exemplo.
Porém, a dúvida é quanto de controle o blockchain teria sobre as trocas das criptomoedas do WhastApp. Se o Facebook for responsável por aprovar todas as transações e acompanhar todos os usuários, não está claro por que ele precisaria desse sistema, em vez de usar um método tradicional e centralizado.
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